Brasília, 7 de junho de 2021.
A proposta de adesão do Sistema Confea/Crea ao BIM Fórum Brasil, entidade independente alinhada à Estratégia BIM BR, do governo federal, foi apresentada ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) nesta segunda-feira (7/6). Desdobramento de um estudo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em 2018, o Fórum foi lançado em setembro de 2020 e tem ampliado sua linha de atuação.
• BIM é a sigla em inglês para Modelagem da Informação da Construção, tecnologia que utiliza parâmetros virtuais em todas as etapas de uma obra.
• Mais de 50 entidades correlatas em cerca de 40 países foram analisadas para a criação do Fórum.
• Cursos de capacitação, apoio à implantação do BIM nas micro e pequenas empresas e desenvolvimento de um programa de certificação BIM integram o portfólio de projetos da entidade.
• Presidido pelo engenheiro civil Wilton Catelani, o BIM Fórum Brasil conta hoje com 28 associados.
“Estamos analisando a adesão do Confea ao Fórum, o que nos tornaria a primeira autarquia presente, de forma efetiva, nesta importante representação que poderá favorecer e muito a prática do BIM no país. Vamos promover novas reuniões e buscar apresentar o mais breve possível esta proposta de adesão ao plenário, já que esta é uma discussão urgente em que os profissionais da Engenharia só têm a ganhar e a contribuir”, destacou o presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, que esteve acompanhado pelo assessor da presidência eng. civ. José Maria Soares; pelo superintendente de Integração do Sistema, eng. civ. Osmar Barros Júnior; pela gerente de Relacionamentos Institucionais, eng. eletric. Fabyola Resende; pelo assessor parlamentar Guilherme Cardozo e pelo presidente do Crea-SC, eng. civ. Carlos Alberto Kita (virtualmente).
Capilaridade
Os profissionais do Sistema Confea/Crea deverão compor um dos sete colegiados do organograma do Fórum, que indicam dois ou três representantes cada, com mandatos de dois anos, para o Conselho Administrativo do Fórum.
Em conformidade com a perspectiva colaborativa do uso dos processos BIM, as partes interessadas estão agrupadas nos seguintes colegiados: proprietários, incorporadores e investidores; governos e autarquias; empreiteiros e construtores, incluindo entidades como a recém-associada Sinaenco; escritórios de projetos, coordenação, consultoria e gerenciadoras; fabricantes de componentes; desenvolvedores de softwares e a academia.
“Haverá ainda um Comitê Técnico-Científico que abordará, em grupos de trabalho, temas como normas técnicas, capacitação BIM, processos e outros, e que certamente poderá contar com a participação dos profissionais da engenharia, através do Confea”, aponta a diretora-executiva do Fórum, arquiteta Raquel Ribeiro.
A participação dos Creas também é viável, segundo ela. Inclusive, uma proposta do Crea Sul, encampada pelos Regionais de Santa Catarina e do Paraná, deverá ser levada em breve ao Colégio de Presidentes.
“Esse assento certamente terá muita influência. Esses Creas já nos procuraram para entender como poderia ser essa parceria. Em paralelo, o (assessor da presidência do Confea) José Maria já vinha conversando conosco. E o presidente Joel se posicionou no sentido de juntar forças em ações estratégicas”, descreve, informando que o CAU-SC já está implementando uma parceria, mesmo sem ser associado.
Próximos passos
Em seu nono mês de atuação, a entidade vem recebendo um reconhecimento espontâneo. “O pilar mais forte da entidade é sermos um fórum estratégico e neutro. Não há interesse de nenhuma parte na frente. Então, essa participação do Sistema traria a presença do profissional para dentro da discussão do conselho administrativo”, ressalta Raquel.
Ela aponta ainda que o Comitê Técnico-Científico também poderá contar as propostas encaminhadas pelos associados, pelo conselho administrativo ou por parceiros. “Assim, pode ser montado um grupo de trabalho específico para demandas transversais ou pontuais da atuação do Sistema”, diz, lembrando que hoje o BIM detém mais de 150 usos respaldados.
Essas políticas e processos possibilitam que obras sejam executadas com prazos e custos previstos, beneficiando toda a sociedade. “Isso tem movimentado os governos e as lideranças do setor, pois tem potencial de aumentar a sustentabilidade, economizar em todo o ciclo de vida do empreendimento e reduzir os riscos da obra. Os processos BIM atingem toda a cadeia, mas são só o meio, não são o fim. São a porta de entrada para a construção 4.0”.
Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea