Coordenadoras do Programa Mulher da Região Norte estiveram reunidas para compartilhar experiências, fases do programa e as especificidades de cada Regional na implementação das políticas de equidade de gênero.
Ao abrir a reunião, a integrante do Comitê Gestor e conselheira eng. mec. Michele Costa Ramos falou da importante fase do Programa: “Estamos trabalhando na reformulação do Programa Mulher, que foi pensado nacionalmente. Agora, precisamos moldá-lo para as realidades estaduais. Por isso, esses encontros têm sido tão prósperos. No início do ano, conseguimos reunir - presencialmente - todas as coordenadoras no Encontro de Líderes, agora vamos repetir na Soea (Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia) em outubro. E nesse intervalo vamos realizando os encontros regionais para dar andamento à adequação do Programa Mulher”, comemorou a engenheira.
CreasNorte
De acordo com os últimos números divulgados, dos cinco estados com maior percentual de profissionais do sexo feminino registradas, quatro são da região Norte. O Crea-RR ocupa o primeiro lugar com 29% de mulheres no total, seguido do Crea-AM (25%), Crea-AC (24%) e Crea-TO (23%) Já o Crea-AP é o que tem o menor número de registro de profissionais mulheres, com 14%.
Em consonância com os números de registradas, em que Roraima tem 29%, a coordenadora do Programa Mulher em Roraima, eng. civ. Ivina Sanches, iniciou sua apresentação celebrando por ser o Crea mais feminino. “Somos 13 conselheiras, entre titulares e suplentes. Dos 36 funcionários, 22 são mulheres”, comemorou a engenheira. A coordenadora adjunta do Programa, eng. agr. Jéssica Milanez, mostrou as iniciativas realizadas, que incluiu palestra sobre o protagonismo da mulher no convívio social. “Nosso objetivo é aumentar o engajamento e tornar a mulher mais empoderada e mais confiante”.
Da Região Norte, apenas o Crea Acre é presidido por uma mulher: Carmem Bastos Nardino. Os números do último Censo da Educação Superior do Ministério da Educação (2018) demonstram que, em algumas áreas da engenharia, as mulheres chegam até mesmo a ser maioria nas salas de aulas das universidades. De acordo com o estudo, as mulheres já são maioria em seis cursos: Engenharia de Alimentos (62,9%), Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (59,4%) e Engenharia Têxtil (53,6%), Engenharia Química (50,8%), Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente (50,4%) e Engenharia Ambiental e Sanitária (50,2%). Nas demais engenharias (Civil, Mecânica e Elétrica), os homens ainda são maioria, apesar do número em ascensão da participação feminina.
Assessora da Presidência e integrante do Comitê Gestor do Programa Mulher, a eng. quím. Simone Baía reforçou que os Creas têm até o final do mês para apresentar contribuições para o Fórum do Programa Mulher da 77ª Soea, que será realizada de 04 a 06 de outubro, em Goiânia (GO).